A defesa de Ismael José da Silva apresentou, na terça-feira (28) recurso contra a condenação de um ano de prisão do Tribunal do Júri da Comarca de Cerejeiras. A advogada do réu, Shara Eugênio recorreu da sentença no Tribunal de Justiça de Rondônia (TJ-RO). Ismael foi sentenciado no último dia 23 de agosto pelo crime de ocultação de cadáver – ele recorre em liberdade, já que está em liberdade há quase um ano. Para o júri, ele ajudou o primo Diego de Sá Parente a transportar o corpo da adolescente Jéssica Moreira Hernandes do local onde ela foi morta até o matagal onde o cadáver foi encontrado. Sentença caso Jéssica.
Também julgado no dia 23, Diego Parente foi condenado a 19 anos de prisão em regime fechado. Os jurados consideraram que ele é o único autor das facadas que mataram a garota. O Vilhena Notícias apurou que a defesa dele também entrou com recurso no TJ, mas o advogado não foi encontrado para comentar.
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Entre os argumentos da defesa está o horário de registro de saída de Ismael da Silva do local de trabalho: “pelas imagens de câmeras, depoimentos de testemunhas e pelos laudos periciais resta claro que Ismael saiu de seu local de trabalho por volta das 11h16 minutos e Jéssica teve seu corpo levado para local onde foi encontrado às 09h33 conforme se vê nas imagens de câmeras de segurança que mostram a camionete usada para levar a vítima seguindo em direção ao lugar onde corpo foi encontrado”.
Outro detalhe que chama a atenção é um laudo da perícia. Nele o médico perito diz: “a posição do corpo da vítima no local sugere que uma única pessoa teria levado a vítima do veículo até o meio do matagal, [pegando-a] pela região do ombro e pescoço, com o braço esquerdo e com o direito a região posterior do joelho”, o relatório prossegue, “caso [a vítima] fosse carregada por duas pessoas, um deles a [pegaria] região dorsal (costas) e do pescoço, enquanto o outro a região do membros inferiores, neste caso o corpo ficaria em posição mais estendida e, possivelmente em decúbito dorsal (o corpo está deitado com a face voltada para cima)”.
Para a defesa não resta dúvida à não participação de Ismael no crime, “considerando ainda que Diego é réu confesso na ocultação de cadáver”, destaca Shara Eugênio que concluí, “houve equívoco por parte dos jurados que decidiram “contrário às provas” que atestam a inocência de Ismael”.
Reviravolta
Anterior à sentença condenatória do dia 23, Ismael chegou a ser inocentado pelo juízo de 1ª instância, mas o Ministério Público de Rondônia (MP-RO) recorreu e conseguiu reverter a decisão no TJ.
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A adolescente, então com 17 anos, foi morta com 13 facadas após um suposto ‘teste de fidelidade’. A garota que era estudante de uma escola pública estadual e namorada de Ismael da Silva saiu de casa de bicicleta no dia 20 de abril e foi encontrada morta no dia 24 do mesmo mês, na Linha 4, área rural de Cerejeiras.
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