MARMITA COM VIDRO: Colombiano pode ter confundido vidro com sal grosso, diz perícia

O delegado que conduz o caso disse que irá pedir ao Ministério Público (MP-RO) a prorrogação para a conclusão do inquérito

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A perícia feita na marmita do colombiano Espinosa Renteria, 28 anos, não localizou qualquer vestígio de vidro. O relatório conclusivo assinado pelo perito criminal, Eloísio Vinha cita que o marmitex foi preparado, entre outros alimentos, com carne assada e não descarta a hipótese de o viajante ter confundido os grânulos de sal grosso, usado no tempero da carne, com cacos de vidro.

Em 06 de abril, o estrangeiro que há poucas horas havia chegado na cidade, acionou a Polícia Militar e alegou que um homem tinha lhe doado uma marmita com pedaços de vidro. Naquele mesmo dia o viajante foi levado ao pronto-socorro do Hospital Regional e exames de raio-x realizados nele não apontaram qualquer presença de corpos estranhos no esôfago ou no estômago e ele foi liberado da unidade.

Ao Vilhena Notícias o delegado Nubio Lopes de Oliveira, que conduz o caso, disse que irá pedir ao Ministério Público (MP-RO) a prorrogação para a conclusão do inquérito. O prazo inicial era de 30 dias. Segundo o delegado, há muitos fatores a ser considerados, um deles seria o fato do viajante ser estrangeiro e não ter familiaridade com a comida brasileira e ter confundido os grânulos do sal grosso com vidro.  “Temos que levar em consideração que ele por ser estrangeiro e não conhecer a nossa comida pode não ter agido de má fé, e de fato ter confundido os grãos do sal com cacos de vidro”, destaca Nubio Lopes.

A tendência é que ao fim da apuração o delegado peça o arquivamento da denúncia.

SUPOSTA TENTATIVA DE HOMICÍDIO

A ocorrência policial sobre o caso foi registrada pela PM como tentativa de homicídio e a PC abriu inquérito para apurar.

O homem que doou a marmita se apresentou na delegacia no mesmo dia que a denúncia foi feita pelo colombiano. Em depoimento, ele disse que viu o estrangeiro fazendo malabarismos no semáforo e como estava se dirigindo a um restaurante ali perto para buscar almoço decidiu comprar uma marmita a mais para doá-la a ele, num gesto de generosidade.

O QUE FAZIA NA CIDADE

Ao fazer a queixa na polícia, Espinosa Renteria alegou que tinha chegado na cidade por volta das 10h e como não tinha dinheiro para comer foi até o semáforo do cruzamento da avenida Major Amarante com a Marques Henrique para fazer malabarismos e conseguir alguns trocados. O forasteiro disse ainda que estava apenas de passagem e que seguiria viagem para a Argentina. Um dia depois que ele fez a denúncia a reportagem o procurou em diversos pontos da cidade, mas ele não foi encontrado.