CONTRATOU PARA MATAR: Dupla tentativa de homicídio e assassinato consumado são elucidados pela polícia de Vilhena

2390

O delegado Núbio Lopes de Oliveira, Titular da Delegacia de Homicídios de Vilhena, concedeu em sua sala, entrevista à imprensa na manhã desta terça-feira, 22 de janeiro, e falou sobre a elucidação de dois casos registrados na Unidade Integrada de Segurança Pública (UNISP) de Vilhena. São eles; uma dupla tentativa de homicídio (29 de novembro) e um homicídio consumado (noite de natal).  

PAI E FILHO 

Na noite de 29 de novembro, dois homens armados invadiram a casa de Itamar Borba, 62 anos e de seu filho, Rafael de Oliveira Borba, 29. Na ocasião, o filho foi atingido por um disparo na região do abdômen e o senhor, na perna.  

O primeiro acusado, ao ser questionado pela polícia, tratou logo de confessar o crime. Porém, Devanildo Bernardes Pereira Junior, mentiu ao dizer o motivo da tentativa de homicídio. A versão dele era de que, quando era menor de idade, havia sofrido o famoso Bullyng, por parte de Rafael.  

Já a polícia, descobriu que a real intenção do criminoso era se vingar de uma possível traição.  

O caso se deu quando Rafael vendeu um veículo, mas acabou pegando o carro de volta após o negócio ‘emperrar’ e a namorada de Devanildo foi vista por ele, nesse entrevero, dentro desse carro. O rapaz acreditou que teria sido traído e tentou contra a vida de Rafael.  

Ele negou a parceria do segundo suspeito, George Allesson Magalhães, na tentativa, porém, os dois rapazes foram presos e flagranteados, ao cometer outros delitos. Diante disso, ficou claro que George era realmente o parceiro de Devanildo.  

CONTRATOU E MATOU 

Jumar de Paula Vieira, de 46 anos, foi assassinado na fazenda Nossa Senhora Aparecida, localizada no km70 da BR-174, em Vilhena, na noite de natal de 2018.  

Carlos André Vieira Zimermann, vulgo “Carlinhos”, de 32, gerente do local, atirou duas vezes com uma espingarda na cabeça da vítima.  

Apesar de ter sido ouvido, já que era gerente do local, “Carlinhos” negava o crime. Quem deu o atestado de sua culpabilidade na morte de Jumar, foi uma testemunha chave. Após isso, “Carlinhos” confessou e levou a polícia até o Rio Iquê, onde havia desovado o corpo.

O declarante contou que estava na propriedade rural quando o assassino se apossou da arma do crime e ouviu “Carlinhos” dizer para que Jumar caminhasse para a beira de um rio para que fosse morto. “Não te contratei para trabalhar. Te contratei para te matar”.  

A testemunha que correu ao ouvir as ameaças, contou que ouviu os disparos. Ele voltou a sede da fazenda e ainda trabalhou por sete dias. Depois disso, aproveitou que um maquinário estragou e ao vir para cidade não retornou mais.  

Ainda não foi possível desvendar quais foram os problemas passados entre vítima e assassino, mas a informação de que, “Carlinhos” suspeitava que Jumar iria roubar equipamentos na fazenda foi descartada pela polícia.  

O criminoso foi está preso e responderá por homicídio duplamente qualificado, dissimulação com resquícios de crueldade.