Comentário sobre prostituta e astúcia de assassino; em 15 dias Delegacia de Homicídio elucida dois casos

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Em sua sala, na manhã desta quinta-feira, 27 de dezembro, o delegado de polícia, Núbio Lopes de Oliveira, deu detalhes à imprensa e anunciou a conclusão do inquérito de dois casos de homicídio registrados no mês de dezembro em Vilhena.  

São eles: um assassinato ocorrido na zona rural de Chupinguaia, no dia 12, quando Devanir dos Santos, 39, assassinou com um tiro de espingarda o trabalhador rural José Raimundo Soares. O outro, o duplo homicídio do dia 13, quando Wesley do Nascimento Souza, 26, matou Abrão Fernandes da Silva, 29 anos, e a namorada dele, Geovana Assis Costa, 15 anos.  

Os dois assassinos estão presos. 

Devanir x José Raimundo (dia 12, Chupinguaia)  

Nesse caso, Núbio contou que não houve muito trabalho, visto que o autor confessou o crime e não resistiu à prisão. “Ele aguardou a chegada polícia e disse que, de fato, havia sido ele. 

O motivo: os dois, Devanir (Conhecido como Palito) e José, haviam ido a uma casa de prostituição na noite anterior e ao voltarem para o barracão onde dormiam, José fez um comentário que desagradou Devanir.  

Na manhã seguinte, “Palito”, que alegou estar de ressaca não foi trabalhar. Ele se apossou de uma espingarda e disparou contra o algoz. O empregador ouviu o tiro e foi até o barracão. Lá ele se deparou com o assassino com a espingarda na mão e a vítima caída ao solo.  

“Palito” foi trazido para Vilhena e foi preso em flagrante. “Essa investigação está encerrada na delegacia de homicídio de Vilhena” disse Núbio.  

Wesley x Abrão e Geovana (dia 13, Vilhena)  

De forma astuta, o assassino Wesley do Nascimento Souza, tentou dificultar a investigação da polícia na elucidação do duplo homicídio, ocorrido no dia 13 de dezembro em Vilhena.  

O Delegado contou que, além de já terem trabalhado juntos há 2 anos, Wesley e Abrão tomaram tereré na tarde anterior ao crime.

Tudo começou na identificação do veículo Fiat Uno, de cor prata, flagrado por câmeras de segurança no local da barbárie.  

O delegado explicou o seguinte; o assassino pegou emprestado uma moto e então, levou essa motocicleta para a casa de um amigo e lá, tomou emprestado o Uno, deixando a moto para trás. “Não encontramos nada que possa incriminar os proprietários dos veículos, nem da moto nem do carro, visto que ele fez essa “manobra”.  

Na manhã do crime, Wesley chegou por volta das 05h30 em frente a casa das vítimas e aguardou a saída do casal.  

Ao sair do carro, correu em direção aos dois e começou a disparar. O casal correu em direção oposta. O delegado explicou que a ação teve uma sequência inicial de grande quantidade de tiros. “Ele deu de início muitos tiros, intercalou alguns disparos e voltou a puxar freneticamente o gatilho”.  

Núbio contou que, a elucidação se deu da seguinte forma. 

Primeiro Wesley correu atrás de Abrão e o matou pelas costas, visto que todos os projéteis que o atingiram foram pelas costas.  

Já em Geovana, um furo de bala atingiu o antebraço direito, o que deu a ideia de tentativa de defesa. Os outros dois tiros que a atingiram foram fatais. Os dois acertaram a cabeça da adolescente. “A perícia constatou que foram efetuados de baixo para cima, o que nos leva a crer que ela já estava caída quando recebeu os tiros.  

Wesley chegou a dizer que quem havia matado a menor de idade seria Abrão. Essa hipótese é desmentida com a perícia apresentada.  

O assassino, que já está preso, tenta se livrar de uma condenação máxima, já que irá responder por: motivo torpe, sem dar chance de defesa às vítimas e morte (de Geovana) para uma possível queima de arquivo.  

Sendo assim, dentro de 15 dias a Delegacia de Homicídios da cidade de Vilhena elucidou dois casos.